- Mamãe!, murmura, gesticulando e apontando algumas manchas no seu corpo.
Fria, a mãe nem lhe olha na cara.
Quando completa dois anos, o filho começa a apresentar feridas maiores pelo corpo. O problema do ano anterior parece ter-se alastrado.
A mãe lança um olhar incomodado com a sobrancelha erguida, que significa o famoso ¨que é?!¨ desinteressado:
- Mamãe, dodói! Muito dodói!, diz o filho, e aponta os machucados.
A mãe ignora-o, novamente.
E o mesmo comportamento se sucede quando a criança avança aos 4, 5, 6 anos.
Quando completa seu 7º ano, o filho, amadurecido pelas dificuldades da vida, tenta novamente:
- Mamãe, dizem por aí que sou um dos seus filhos mais bonitos e que tenho potencial para ser um dos mais prósperos. Mas veja como estou hoje? Cheio de feridas profundas, descuidado, entregue ao descaso. Por que você é assim comigo, mamãe?
De repente, um milagre! Pela primeira vez, em sete anos, o filho ouve a voz da mãe:
- Meu querido filho! Eu estava economizando e acumulando meu carinho estes anos todos! Vem cá, deixe-me ver, mamãe vai cuidar de você!
Imagem ¨meramente¨ ilustrativa. |
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- Mamãe, não entendo: devo começar a amá-la a partir de agora, após 7 anos de desatenção e falta de carinho? Ou devo economizar e acumular meu amor para lhe aplicar tudo de uma vez, somente quando me der vontade ou for mais vantajoso?
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- Como posso ter um rebento tão ingrato?! Sempre fiz tudo por ele...
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